Chegança
Ambivalência
Diante desse tudo
ou desse quase nada,
já não sei se volto ao caminhar miúdo
ou solto o pé na estrada.
Se desato o laço dessa corda bamba
ou ato o nó na alça da caçamba.
Se queimo vida nesse fogo-fátuo
ou se de fato tento nova ida.
Se afasto o tule dessa nova tela
ou se entulho a talha com esse vinho velho.
Se curto o corte dado no baralho
ou meto o manto e me amortalho.
Se mato o mito que se mete em mim
ou se me omito e me torno mudo,
diante desse nada
ou desse quase tudo.